SER + (FAZER)²/EGO = Realidade ou Utopia



Vivemos num mundo cercado de deveres e fazeres que admitem um único objetivo: ser e poder. O papel de realidade, a partir deste contexto, consiste varias compreensões ao ser interpretada em âmbito social. Na maioria das vezes o ser humano se deixa levar pelo egocentrismo se encontrando submerso á problemas cotidianos onde o anseio de prazer se torna algo fantasioso. A partir de então surge um novo conhecimento a ser interpretado: o que dizemos ser utopia como algo ideal, perfeito, fantástico, como afirma Thomas Morus em sua obra, se estabelece como uma visão fantasiosa e contrária ao mundo real, ou seja, torna-se imaginaria segundo os padrões da atual sociedade.

Digamos que a realidade é composta de fatos enclausurados que se tornam cada vez mais distante de serem postos a fora; as pessoas interpretam a realidade como algo verdadeiro, sendo dispensado hipóteses e explicações contrárias ao que pensam ou supõem. Quando, pois, este padrão entra em controvérsia, cria-se o âmbito da utopia, ou seja, o que é ou seria de fato uma mudança na forma de agir e conviver na sociedade se torna algo fantasioso, irreal, impossível de se acontecer.

Assim como a compreensão do movimento histórico da realidade é influenciada pela maneira como a concebemos, também a noção de utopia está envolvida neste contexto de entendimento pessoal. Digamos que na maioria das vezes é dado mais valor a coisas banais presentes na sociedade do que a insistência em uma ação construtiva de tempos melhores onde os ideais á serem conquistados possam ser desejados, não por ganância, mas por prazer.

O poder autoritário e contínuo que com o passar do tempo juntamente com as inovações futuras, distancia ainda mais a realidade atual da realidade utópica, definida pela sociedade. 

O resultado da soma entre o ser e o fazer de cada pessoa, equilibrados sobre o ego, é simplesmente a interpretação de cada ser humano sobre a sociedade real. Podemos de fato utilizar a teoria de Platão sobre os dois tipos de mundo (inteligível e sensível) para interpretarmos tal equação, porém de uma forma um pouco diferente da empregada por ele: o primeiro mundo, inteligível, seria o que se considera de realidade sem nenhuma modificação no seu padrão, e o segundo (onde as ideias são responsáveis pela sua existência) o mundo sensível, o que dizem de utopia, mas num contexto diferente do de Platão, além de dependerem e participarem das ideias, ele só existe se houver um acréscimo de fazer acontecer, um simples ato de pensar juntamente com ideais construtivos exercidos num caminho retilíneo á realidade eficaz.

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."* Eduardo Galeano

Trechos copiados dos sites:

Autoras:  Paula Thaynnan Silva Oliveira e Wiellen Silva de Oliveira
Turma 203

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