Afeto: uma questão de necessidade ou desespero?


“O que a maioria de nós leva para o relacionamento não é a plenitude, mas a carência. A carência implica uma ausência dentro de si... A carência é uma força poderosa, capaz de criar ilusões poderosas. Ninguém pode realmente entrar dentro de você e substituir a peça que está faltando.” Deepak Chopra


Quem nunca se sentiu carente? Quem nunca se sentiu sozinho, ansioso por receber uma mensagem de bom dia, boa noite, amo você ou algo assim?

            A carência afetiva é uma das mais fortes características da sociedade atual. Em qualquer faixa etária as pessoas estão vulneráveis a sentir sozinhas e carentes.

            Segundo definição, carência é a falta do que é preciso, é necessidade. Assim, definimos carência afetiva como a falta de afeto, de sentimento, falta de amor, de amizade.
            
Mas o que acontece para as pessoas se sentirem assim?

            A correria do dia a dia tem tornado as pessoas estressadas. A falta de tempo tem impedido que o ser humano se dedique ao próximo, dedique seu tempo e seu sentimento há alguém, e impede que ele o receba. E aí o que vemos são pessoas ansiosas por atenção, por carinho.Os pais acordam às 5 da manhã para trabalhar, chegam às sete da noite, cansados, sem energia para dar atenção aos filhos. Os filhos, por sua vez, vão cedo para a escola, e depois se ocupam de “tecnologias”, computador, televisão e afins. E assim é que vem a carência. As crianças crescem “necessitadas” de um carinho, de um afeto que não receberam.

O que vemos a seguir ?

            Adolescentes dependentes do amor alheio, buscando se sentir amados de alguma forma. Chamar atenção da “galera” é uma forma de se sentirem supridos. Ser o centro das atenções e ter o carinho de todos se torna importante na busca pela felicidade.

            Talvez essa seja uma explicação pelo qual vemos os adolescentes trocar de parceiros tão rápido. O importante é não estar sozinho. Não importa se você gosta de verdade da pessoa, se ela gosta de você ou se o namoro é de fato uma coisa boa, o importante é ter alguém que ao menos finja que te ame e que você finja amar. Caso não dê certo, o ideal é terminar já tendo em vista outra pessoa para ocupar o lugar que vai ser deixado.

            Há muitos adolescentes que vivem frustrados com seus parceiros, e ao serem perguntados por que continuam namorando, a resposta é uníssona: Tenho medo de ficar sozinho.

Mas há uma cura para toda essa carência ?
            
            Talvez. Se as pessoas se tornarem menos egoístas e mais empáticas, se doando um pouco mais. Se os pais separarem um tempo para conversar com os filhos, e se os filhos trocarem os computadores por um jogo com os pais.  Se o namoro não for tão banalizado como tem sido, se os relacionamentos envolverem sentimentos verdadeiros. Talvez as pessoas se sintam mais “saciadas”, mais completas.

            De fato ninguém é feliz sozinho, é da natureza humana buscar o afeto de alguém. Mas essa falta só será suprida se o carinho e o amor dedicados forem verdadeiros, se os relacionamentos tiverem cumplicidade e se as pessoas não se envolverem com as outras apenas por necessidade.


Autores: Brenda Larissa e Gabriel Fortunato
Turma 201

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