Qual o ponto X para a traição, e por que ela é cometida?
"...quem ama é capaz de trair apesar dos pesares, da monotonia, do desgaste?"
Atualmente a fidelidade é vista
como algo ultrapassado por casais, em que aparentemente o amor se desvaloriza e
é substituído por coisas banais, tal como relações fugazes e prazeres efêmeros,
desprovidos de laços afetivos. Ciúmes e infidelidade são temas que sempre
estiveram presentes nos consultórios de Psicologia, por englobar fenômenos
intrinsecamente ligados aos relacionamentos, bem como ao desejo de
exclusividade. Se por um lado, cometemos a traição e por outros somos
consumidores compulsíveis que nos ajudam a ter um parceiro fiel. Essencialmente
queremos delimitar a infidelidade para fora da nossa zona de conforto, visando
à nossa própria segurança, embora muitas vezes somos quem praticamos essa
infidelidade. Mesmo que tenhamos tal atitude, ainda assim nos achamos certos e
fiéis o bastante em punir hipocritamente a infidelidade do nosso parceiro.
Segundo Almeida, "A infidelidade se banalizou, pelo fato de estar presente
na vida de quase todos os casais". Já segundo Menezes, "A
infidelidade pode ser para muitos a válvula de escape, por meio da qual se
expressariam frustrações acumuladas, quando o cônjuge percebe que já não é mais
feliz".
Temos a percepção que toda união se desgasta por se tornar monótona e por
estar ancorada em uma rotina, que engloba os filhos, o trabalho, a busca do
dinheiro e outras coisas ali e aqui, que aliados contribuem para o término de
um relacionamento. Mas será que é um motivo de o indivíduo abrir portas para
novos relacionamentos sem mesmo fechar as portas do relacionamento atual? Todos
nós temos o direito de fazer nossas escolhas a partir das nossas necessidades,
afinal, todos estão sujeitos às mudanças, mas será que a traição é a melhor
saída para sair de um relacionamento? E por que dados comprovam que a maioria
de nós já traiu um parceiro de namoro firme ou casamento, sendo que
consideramos um erro, mas somos egoístas o bastante em fazer com os outros, mas
não aceitamos de forma alguma fazerem conosco? Não há como julgar tal fato se
não for considerado cada caso como único.
Nós temos a capacidade de estabelecer relação com base na confiança e na
segurança que nos proporcionam. Mas, sem estas condições, toda estrutura de um
relacionamento desmorona, pois não existe uma base para suportar situações que
querendo ou não irão acontecer, pois todos nós estamos sujeito à isso, a partir
do momento em que entramos em um relacionamento sério. Mesmo com todos os
quesitos para obter um relacionamento estável, a infidelidade pode está relacionada
à inumeráveis motivos, como quando uma pessoa não está satisfeita com o
relacionamento e quer o término, mas prefere dar ao companheiro uma série de
motivos para que este assuma o ato de terminar, porque acha sofrível arcar com
a responsabilidade.
"A
psicóloga Maryse Vaillant, apresenta supostas razões para poder mostrar aos
homens que independente de quem ele envolver, quantas vezes ele se envolver,
ele sempre vai trair e sem remorso algum. Pois a infidelidade masculina é
psicologicamente compreensível, os homens têm que ter um "espaço" da
masculinidade. Vaillant alega que o homem que não trai, tem uma fraqueza de caráter derivada da
ausência de uma figura masculina na ausência, não porque eles amam."
E quem ama é capaz de trair apesar dos pesares, da monotonia, do
desgaste? Não, a pessoa que ama, não pratica a infidelidade.
Uma das principais deusas, a mais poderosa, Afrodite, ela trata tudo de
amor: desde a falta de amor, os relacionamentos, as tristezas, as alegrias, os
excessos, as mágoas, as iras, as maravilhas, os ciúmes, as traições. Afrodite
ama. Ela é amante, esposa, companheira, prostituta, guerreira, mulher-deusa,
traidora, falível, sofredora, apaixonada, ciumenta, colérica, exigente,
sensual, independentes e entre outras características. Em relacionamentos nos
deparamos com pessoas semelhantes com Afrodite, mas temos que relembrá-las que
não são imortais.
Autoras: Laís
Bruna e Larissa Matias
Turma 201
Sobre o professor: Uanderson Menezes
Professor de Filosofia na Escola Estadual João XXIII em Ipatinga. Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste MG; Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unleste MG; Especializando em Gênero e Diversidade na Escola pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Bacharelando em Direito pela Faculdade de Direito de Ipatinga - Fadipa
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