2º Ano - Correção do Bloco de Atividades do 3º Bimestre


BLOCO DE ATIVIDADES - (1ª PARTE)

QUESTÃO 01
Sobre a expressão cultural da filosofia no Ocidente, é INCORRETO afirmar que 

(A) a atividade filosófica, enquanto abordagem racional, surge no contexto cultural grego, expressando-se inicialmente como tentativa de explicar a realidade do mundo sem recorrer à mitologia e à religião.
(B) a filosofia nasce na Grécia, no século V a.C., com os filósofos pré-socráticos, procurando encontrar o princípio do universo. Alguns vão explicar o mundo, apelando para uma arché, ou seja, o elemento constitutivo básico do qual a totalidade do universo seria constituída. 
(C) Sócrates, Platão e Aristóteles são os pensadores clássicos da Grécia dos séculos V e IV a.C. e que constituíram a filosofia como metafísica, fornecendo os alicerces de toda a tradição filosófica do Ocidente.
(D) é no contexto helenístico, universalizado pela ação político-administrativa dos romanos, que a filosofia grega vai se encontrar com o cristianismo. Desde o início da era cristã, pensadores ligados à nova religião estudaram o pensamento dos gregos e estabeleceram relações com ele, incorporando alguns elementos e rejeitando outros.
(E) o projeto iluminista da filosofia, conduzido sob o mais exigente racionalismo, iniciou-se por duas grandes vias. De um lado, praticando-se uma filosofia acrítica, encarregada de superar a metafísica no plano teórico; de outro, criando uma nova forma de conhecimento, a religião, que substituiria o saber das essências pelo saber dos fenômenos. 

Justifique sua resposta: A alternativa E está incorreta, pois, no projeto iluminista da filosofia não se praticava uma filosofia “acrítica”, muito pelo contrário, e muito menos criando como nova forma de conhecimento a religião.

QUESTÃO 02
Platão, Aristóteles e os sofistas desenvolveram concepções distintas acerca da política, é INCORRETO afirmar que: 

(A) a alma do indivíduo está ligada à vida política e social, para Platão.
 
(B) a política tem origem no instinto social do homem, segundo Aristóteles. 
(C) as convenções entre os homens fundam a comunidade política, de acordo com os sofistas. 
(D) a tirania e o despotismo, segundo Aristóteles, não pertencem à modalidade da política, cujo fim é a felicidade comum.
(E) a justiça na polis é entendida por Platão como a distribuição igualitária de direitos políticos a todos os cidadãos. 

Justifique sua resposta: Platão não defende a distribuição igualitária de direitos políticos na polis, pelo contrário, Platão defende que apenas um grupo deveria governar: os filósofos, os sábios.

QUESTÃO 03
Felicidade é o tema do Livro I da "Ética a Nicômaco", de Aristóteles. Segundo o filósofo, a felicidade é um bem supremo para o qual todas as ações dos homens tendem; a felicidade é a causa final do ser humano. Porém, ela é atingida quando está de acordo com a atividade racional que o conduzirá para a prática da virtude. Para Aristóteles, a virtude consiste na: 

(A) prática do amor. 
(B) relação de amizade. 
(C) vontade obsessiva. 
(D) sensação de prazer. 
(E) justa medida de equilíbrio. 

QUESTÃO 04
A felicidade, para Aristóteles, não corresponde à busca de riquezas, de honrarias, pois estas são apenas "meios". É, antes, fruto da busca do bem perfeito, desejado por si mesmo e não como meio, que torna o ser humano "autossuficiente". A palavra "felicidade" como meio para alcançar o Fim que desejamos por si mesmo é traduzida na filosofia aristotélica por: 

(A) Eudaimonia. 
(B) Experdise. 
(C) Eugenia. 
(D) Maiêutica. 
(E) Todas as alternativas anteriores.

QUESTÃO 05
Em sua Ética a Nicômaco, Aristóteles nos coloca frente ao seu pensamento ético. Não retrata tal pensamento:

(A) a virtude encontra-se no desligamento das realidades sensíveis.        
(B) a virtude encontra-se na justa medida das coisas. 
(C) a virtude pode ser atingida pelos homens que demonstrem prudência. 
(D) a prática da virtude conduz à felicidade. 
(E) a virtude conduz à uma vida tranquila.

Justificativa: diferente de seu mestre Platão, Aristóteles em momento algum defende um desligamento das realidades sensíveis. A virtude, dentre outros aspectos, para o filósofo, encontra-se na mediania.

QUESTÃO 06
Acerca dos princípios que constituem a ética aristotélica, é CORRETO: 

(A) Na Ética a Nicômaco, Aristóteles dedica vários capítulos (especialmente os livros VIII e IX) à descrição e elucidação do ethos como forma privilegiada de manifestação da disposição do caráter humano, em que a felicidade aparece como sinônimo de riqueza material e hedonismo.
(B) Para Aristóteles, a disposição ética da amizade que tem mais importância é aquela que está fundada no interesse, isso porque as pessoas procuram constituir uma relação alicerçada na propriedade privada. 
(C) Aristóteles considera a amizade sustentada no prazer, com a pessoa que se ama, como uma coisa agradável e condição indispensável para alcançar a felicidade verdadeira no mundo. 
(D) A consideração aristotélica acerca da amizade estava em antinomia com seu tempo histórico, em que o homem havia deixado de ser considerado como um ser inserido em sua comunidade social. 
(E) A amizade perfeita é aquela em que os homens que são bons e afins na virtude, pois esses desejam igualmente bem um ao outro enquanto bons, e são bons em si mesmos. A amizade deve ter um caráter duradouro porque existe uma relação de identidade no reconhecimento do exercício de atividades que devem ser consideradas como socialmente boas. 

QUESTÃO 07
Leia as afirmações abaixo sobre o tema A Ética Aristotélica. 

I. Aristóteles sustentou que haveria três formas de felicidade. A primeira seria uma vida de prazer e divertimentos; a segunda estaria em uma vida como cidadão livre e responsável e, a terceira, em uma vida como pensador e filósofo. Enfatizou ainda que estes seriam três critérios distintos, sendo a felicidade resultado da adoção de exclusiva de um ou outro. 

II. No que se refere às relações humanas, Aristóteles advogava que não deveríamos ser covardes, mas corajosos, não miseráveis ou extravagantes, mas liberais. 

III. Aristóteles defendia que o homem somente será feliz usando todas as suas habilidades e capacidades. 

A alternativa que contempla a única informação adequada sobre o tema é: 

(A) I, II e III são verdadeiras; 
(B) Somente I é verdadeira; 
(C) Somente I e II são verdadeiras; 
(D) Somente I e III são verdadeiras; 
(E) Somente II e III são verdadeiras; 

Justificativa: Sobre a Ética, realmente Aristóteles pregava a moderação para que se pudesse ter uma vida equilibrada e harmônica. Achava que a felicidade real era a integração de três fatores: prazer, ser cidadão livre e responsável e viver como pesquisador e filósofo. Porém, nunca enfatizou que estes seriam três critérios distintos, sendo a felicidade a adoção de um ou de outro. Essas três formas de felicidade deveriam estar presentes simultaneamente, para que o homem pudesse encontrar felicidade e plenitude. Ele rejeitava todas as formas de desequilíbrio. O mesmo se aplicaria às relações humanas, nas quais Aristóteles defendia o “justo meio-termo”. 

QUESTÃO 08
A Escola de Atenas, pintura renascentista de Rafael de Sanzio, retrata um dos maiores conflitos filosóficos de todas as épocas. No meio da tela estão Platão, apontando para cima, e Aristóteles, com a mão espalmada para baixo. A obra indica o conflito entre: 

(A) o céu e o inferno. 
(B) o divino e o mundano. 
(C) o intangível e o tangível. 
(D) a virtude (no alto) e o vício (no chão). 
(E) o conhecimento inteligível e o sensível.

Justifique sua resposta: Enquanto Platão busca a verdade em um mundo das ideias, Aristóteles a procura no plano do contato prático e perceptivo com a realidade. Platão busca a verdade em um mundo transcendente (o mundo das ideias, distinto do mundo sensível) e Aristóteles a procura em uma ordem imanente ao mundo percebido, isto é, no mesmo plano em que desenvolvemos nosso contato prático e perceptivo com a realidade.


QUESTÃO 09
O livro VI da Ética a Nicômaco, de Aristóteles (384-322 a. C.) é dedicado às virtudes intelectuais, dentre as quais se destaca a sabedoria prática. Sobre a comparação desta com a arte é correto dizer que:

(A) Assim como produzir (arte) tem fim na coisa produzida, o agir (sabedoria prática) tem fim para além de si mesmo. 
B) Agir (sabedoria prática) e produzir (arte) são distintos resultados de uma capacidade não raciocinada (imediata, impulsiva) do homem. 
(C) O que as distingue é que a arte é uma capacidade não raciocinada (de produzir), enquanto a sabedoria prática é uma capacidade raciocinada (de agir). 
(D) Ambas envolvem o reto raciocínio e, assim, do mesmo modo que a origem das ações (da sabedoria prática) está no homem, também o está a origem dos produtos da arte. 
(E) A arte e a sabedoria prática têm em comum o fato de seus objetos serem o necessário (o invariável), pois são necessárias tanto as coisas produzidas (pela arte) quanto as coisas praticadas (pela sabedoria prática). 

QUESTÃO 10
"Com efeito, ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-nos ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtudes." (Aristóteles, Ethica Nicomacheia, 1103b 11). 

Das alternativas abaixo, NÃO correspondem à doutrina aristotélica da virtude: 

(A) Como hábitos, as virtudes são modos constantes de agir que se adquirem pelo exercício, não sendo, assim, inatas.
(B) Sendo a política superior à ética, é em A Política de Aristóteles que encontraremos a síntese das virtudes que constituem a arete, "a virtude ou excelência ética". 
(C) As virtudes intelectuais ou dianoéticas operam na parte racional do homem, isto é, na razão. 
(D) As virtudes práticas ou éticas operam na parte irracional do homem, nas suas paixões ou apetites, guiadas racionalmente.
(E) A virtude se define como meio termo ou justa medida entre os extremos da falta e do excesso, sendo a virtude da coragem o justo meio entre os extremos da temeridade e da covardia. 

Justifique sua resposta: Para o filósofo, a ética e a política estão no campo da deliberação e deliberar bem é saber decidir, a virtude representa o “meio termo”, a justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta de um atributo qualquer. Uma não é superior a outra, mas sim, se integram e se completam. A política é uma continuidade da Ética.

QUESTÃO 11
Para Aristóteles, a lógica não era uma ciência teorética, nem prática ou produtiva, mas um instrumento para as ciências. Desta forma, conclui-se que o objeto da lógica é:

(A) O raciocínio. 
(B) O juízo. 
(C) A proposição. 
(D) O silogismo. 
(E) Nenhuma das alternativas anteriores. 

Justifique sua resposta: O objeto da lógica é a proposição, que exprime, através da linguagem, os juízos formulados pelo pensamento. A proposição é a atribuição de um predicado a um sujeito: S é P. O encadeamento dos juízos constitui o raciocínio e este se exprime logicamente através da conexão de proposições; essa conexão chama-se silogismo. A lógica estuda os elementos que constituem uma proposição (as categorias), os tipos de proposições e de silogismos e os princípios necessários a que toda proposição e todo silogismo devem obedecer para serem verdadeiros (princípio da identidade, da não-contradição e do terceiro excluído).
QUESTÃO 12
O texto aristotélico da Política teve uma grande influência no desenvolvimento da ciência política em nossa tradição e faz parte de um conjunto de estudos que inclui o exame de um grande número de constituições das cidades estados gregas da época, das quais só chegou até nós A Constituição de Atenas.
A passagem selecionada a seguir contém parte da definição aristotélica do homem como "animal político" (zoon politikón). Propositalmente, algumas expressões e/ou palavras foram retiradas do texto - substituídas por pontilhados - e reunidas integralmente em uma única alternativa. Após a leitura do texto marque aquela opção que melhor preenche as lacunas respectivamente.

"Aquele que é naturalmente um marginal ama a guerra e pode ser comparado a uma peça fora do jogo. Daí a evidência de que o homem é um animal político mais ainda que as abelhas ou que qualquer outro animal gregário. Como dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único entre os animais a ter ___________. (...) Trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e do mau, ___________, bem como de outras noções deste tipo. É a associação dos que têm em comum essas noções que constitui __________ e o Estado". 

(A) Linguagem - do justo e do injusto - a família; 
(B) Família - do bom e do ruim - a comunidade; 
(C) Sociedade - do útil e do inútil - a sociedade; 
(D) Simbologia - do certo e do errado - a nação; 
(E) Cultura - da virtude e do malefício - o território; 

QUESTÃO 13
Aristóteles, amigo de Platão, mas, como ele mesmo diz, mais amigo da verdade, desenvolve, por sua vez, o método da dialética de uma forma que o faz mudar de aspecto. Aristóteles atenta:

(A) Para as leis do silogismo, suas formas, suas figuras, são, pois, o desenvolvimento que Aristóteles faz da dialética.
(B) Para o emprego do mito da "reminiscência", em que o filósofo narra o conto seguinte: As almas humanas, antes de viverem neste mundo e se alojarem cada uma delas num corpo de homem, viveram em outro mundo, viveram no mundo onde não há homens, nem coisas sólidas.
(C) Para a análise, o método que conduz à intuição, e, a partir deste momento, em toda a filosofia, acentua-se constantemente este instrumento da intuição. 
(D) Para a maiêutica, o método que desperta a sua curiosidade e estimula-o a refletir. A sua função de libertação do espírito. 
(E) Para a dialética, a transcendência e imanência. Dá ensejo às conclusões firmes do pensamento filosófico. 

QUESTÃO 14
Aristóteles no início da Metafísica diz "Todos os homens tendem por natureza a saber". E Aristóteles logo acrescenta que o sinal disso é o gosto que temos pelas sensações, sobretudo pela visão; e distingue o uso que fazemos delas por sua utilidade de fazer algo, do gosto que também temos quando não vamos fazer nada. Mas estas sensações, que supõem um ínfimo saber, não são privativas do homem; também os animais as têm; e alguns deles, até memória, que pela permanência da recordação, permite aprender. 
O homem, em contrapartida, tem outros modos superiores de saber, que são: 

(A) a ética e a economia. 
(B) a maiêutica e a ética. 
(C) a retórica e a metafísica. 
(D) a teoria e a especulação. 
(E) a experiência e a arte ou técnica. 

Justificativa: A experiência, arte ou técnica podem ser ensinadas por aqueles que as dominam, que, de modo geral, podem ser considerados superiores àqueles que têm apenas a prática, porque não só  sabem fazer, mas sabem o que fazem e por que o fazem daquele modo.

QUESTÃO 15
 Para Marilena Chauí:
"Do ponto de vista da Filosofia, podemos falar em dois grandes momentos de teorização da arte. No primeiro, inaugurado por Platão e Aristóteles, a Filosofia trata as artes sob a forma da poética; no segundo, a partir do século XVIII, sob a forma da estética."

(CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2001, p. 321).

A partir do enunciado em questão é INCORRETO afirmar que: 

(A) O termo arte poética deriva de uma obra de Aristóteles sobre as artes da fala e da escrita, do canto e da dança.
(B) A arte poética se preocupa com as obras de arte como fabricação de seres e gestos artificiais, ou seja, elaborados pelos seres humanos. 
(C) O termo estética vem do grego aesthesis, que significa conhecimento sensorial, experiência, sensibilidade. Em sua acepção original, referia-se ao estudo das obras de arte enquanto criações da sensibilidade, tendo como fim o belo.
(D) Após seu surgimento, o termo estética vai substituindo a ideia de arte poética passando a se referir a toda investigação filosófica que tenha por objeto as artes.
(E) Para a Estética, a arte é produto da racionalidade e da formulação lógica do artista e que, dessa forma, o belo é igual ao verdadeiro. 

Justifique sua resposta: Para a Estética a arte é produto da atividade humana que expressa o espiritual, o divino, para o homem, aos seus sentidos, a arte é a expressão da livre racionalidade humana ela apresenta limitações diante de outras formas de manifestação do espírito na história.

QUESTÃO 16
Em 322, após a morte de Alexandre Magno, o sucessor deste decide expulsar de Samos todos os colonos atenienses, entre os quais a família inteira de Epicuro. Os historiadores da cultura convencionaram designar Helenismo as atividades culturais desenvolvidas no período transcorrido entre a morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., e o fim da república romana, em 31 a.C., quando Augusto (vencedor da batalha de Actium, em 27 a.C.) se torna imperador de Roma. A designação referese à presença dominante da língua e da cultura gregas em todo o mundo conhecido, numa difusão sem precedentes cuja causa inicial foi a convicção de Alexandre, aluno de Aristóteles, de que por seu intermédio a Grécia devia cumprir uma missão civilizatória sobre todos os povos da terra. A língua grega transformou-se na koiné, dialeto comum em todas as terras conquistadas por Alexandre, e Alexandria, no Egito, tornou-se a capital cultural da Antiguidade, papel que conservou mesmo quando Roma ocupou o lugar de centro político e econômico de um império que se estendia do Próximo Oriente ao Sul da Europa, do Mediterrâneo ao Atlântico. Embora o termo Helenismo pareça indicar apenas a hegemonia da cultura grega, na realidade, exprime a comunicação intensa entre as criações culturais helênicas e as orientais enquanto submetidas a um mesmo e único poder central, ligadas por rotas comerciais e tendo como ponto de encontro Alexandria e, mais tarde, Roma. Muitos preferem usar a expressão alexandrinismo para acentuar o papel que a dinastia dos Ptolomeus conferiu a Alexandria como centro de confluência da cultura grega e da oriental, com a criação do Museu e da Biblioteca, espaços destinados às atividades do conhecimento e das artes. 

No caso da história da filosofia, fala-se em período helenístico para designar os três grandes sistemas filosóficos predominantes nessa época. São eles: 

(A) Ceticismo, epicurismo e estoicismo. 
(B) Epicurismo, neoplatonismo e patrística. 
(C) Neoplatonismo, ceticismo e patrística. 
(D) Escolástica e epicurismo. 
(E) Ceticismo e escolástica. 

QUESTÃO 17
Surge a figura do jardim: o homem sairia da turbulência da polis e iria ao jardim com os seus amigos. Ele não se isolaria, mas se reuniria com os seus amigos, apoiado num esforço de grupo, na busca do autoconhecimento. Propõe a substituição da polis com seu antagonismo, pelo jardim com a sua amizade, onde todos procurariam a sabedoria. Analise as proposições a seguir partindo da proposta fundamental de Epicuro, como CERTAS ou ERRADAS.

I - O autoconhecimento. 
II - O apoio à razão. 
III - A recusa ao obscurantismo, crendices. 
IV - Os homens seriam explicáveis racionalmente. Já os deuses seriam serenos porque estariam distantes dos homens assim como estes no jardim se distanciariam da polis para encontrarem a felicidade. 
V - Os deuses não fazem a libertação do homem, mas o é o homem, que, no jardim, se afastaria da turbulência da polis para encontrar a felicidade. 

Assim, pode-se concluir que: 
(A) Somente as proposições I, III e V estão certas. 
(B) Somente as proposições I, II e IV estão certas. 
(C) Somente as proposições III, IV e V estão certas. 
(D) Todas as proposições estão erradas. 
(E) Todas as proposições estão certas. 

QUESTÃO 18
Leia o trecho da Carta a Meneceu. 
"Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Afirmar que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou é a mesma coisa que dizer que a hora ainda não chegou ou já passou; devemos, portanto, filosofar na juventude e na velhice para que enquanto envelhecemos continuemos a ser jovens nas boas coisas mediante a agradável recordação do passado, e para que ainda jovens sejamos ao mesmo tempo velhos, graças ao destemor diante do porvir. Devemos então meditar sobre tudo..."
(Epicuro Carta de Epicuro a Menoiceus).
Para Epicuro, como se expressa na Carta a Meneceu, o objetivo da filosofia é: 

(A) A felicidade do homem. 
(B) A imparcialidade diante das decisões tomadas pelos homens. 
(C) A areté própria do homem. 
(D) O gozo imoderado dos prazeres mundanos. 
(E) Estabelecer, refutar e defender argumentos tirados da bíblia. 

Justifique sua resposta: Epicuro acreditava que a filosofia é o melhor caminho para se chegar à felicidade que para ele significava se libertar dos desejos. A filosofia é um instrumento para alcançar a felicidade pois através dela o homem vai libertar-se do desejo que o incomoda. A filosofia com Epicuro passa a ter uma finalidade prática e não somente o objetivo de investigação dos fundamentos últimos do mundo e do homem.

QUESTÃO 19
A liberdade, para Epicuro, seria sempre o desvio de uma fatalidade, apesar do mecanismo do mundo. O homem não estaria à mercê do mundo e, por isto, poderia estabelecer a sua rota, a sua meta. Segundo essa forma de pensar, pode-se afirmar que o mesmo introduz a dimensão: 

(A) Da physis. 
(B) Do dever-ser. 
(C) Do devir. 
(D) Da verdade. 
(E) Da percepção dualista da alma. 

QUESTÃO 20
Das três grandes escolas pós-aristotélicas, a estoica foi de longe, do ponto de vista histórico, a mais importante. Qual dos filósofos abaixo é reconhecidamente o fundador do Estoicismo? 
(A) Zenão de Citium. 
(B) Epicuro de Samos. 
(D) Cleanto de Assos. 
(C) Diógenes de Selêucia. 
(E) Crisipo de Soli.

QUESTÃO 21
Analise os conceitos abaixo acerca do tema POLÍTICA e enumere a coluna seguinte de acordo com o conceito correto.

1- Constituição
2- Poder Executivo
3- Poder Legislativo
4- Poder Judiciário
5- Cidadania
6- Corrupção
7- Democracia
8- Lei
9- Partido Político

(5) É um conjunto de direitos e deveres que nos permite participar das decisões da sociedade em que vivemos. Ela é construída no nosso dia-a-dia, a partir da nossa capacidade de participação social e colaboração para o bem comum.
(9) É um grupo organizado de acordo com a lei, com pessoas que compartilham um mesmo ideal político. Esse grupo tem o objetivo de atuar na vida política de um país, representando interesses de grupos sociais e disputando os votos para os cargos públicos.
(4) A esse poder tem por função julgar, com base nos princípios legais, de que forma uma questão ou problema sejam resolvidos. Na figura dos juízes, promotores e advogados, tal poder garante que as questões concretas do cotidiano sejam resolvidas à luz da lei. Cabe, também, a esse poder definir os limites entre o lícito e o ilícito.
(1) Também chamada de lei fundamental, lei suprema, lei das leis, lei maior ou magna carta; é um conjunto de normas de governo, define a política fundamental, princípios políticos, e estabelece a estrutura, procedimentos, poderes e direitos, de um governo. Ao limitar o alcance do próprio governo, ela garante certos direitos para as pessoas.
(8) São regras criadas pelo Poder Legislativo (representantes do povo), que permitem, proíbem ou obrigam uma determinada conduta, a qual toda sociedade deve obedecer.
(2) A esse poder teria como função observar as demandas da esfera pública e garantir os meios cabíveis para que as necessidades da coletividade sejam atendidas no interior daquilo que é determinado pela lei. Dessa forma, mesmo tendo várias atribuições administrativas em seu bojo, os membros de tal poder não podem extrapolar o limite das leis criadas.
(3) A esse poder cabe a função de congregar os representantes políticos que estabelecem a criação de novas leis. Dessa forma, aos serem eleitos pelos cidadãos, os membros desse poder se tornam porta-vozes dos anseios e interesses da população como um todo. Além de tal tarefa, eles contam com dispositivos através dos quais poderiam fiscalizar o cumprimento das leis.
(7) É uma forma de governar na qual a população tem o poder de participar das decisões, elegendo seus representante, participando dos conselhos sociais, caracterizando um governo do povo.
(6) É o crime de desviar recurso público, que é praticado por pessoas mal intencionadas. Essas pessoas se aproveitam da chance que têm de utilizar o dinheiro público para gastar com coisas para si, para seus amigos ou seus parentes, em vez de utilizar para o bem comum.

QUESTÃO 22
Muitos filósofos tiveram opiniões distintas para definir um conceito humano muito complexo: o Amor. Analise as definições desse conceito abaixo e marque qual foi o filósofo que cunhou tal definição:

1- Empédocles
2- Platão
3- Santo Agostinho
4- Baruc Espinoza
5- Schopenhauer

(5) Tal filósofo tem uma visão totalmente pessimista sobre o amor, para ele o amor romântico é uma invenção cristã. Baseado na convicção de que o único motor de toda a realidade é uma vontade cega, absurda e irracional de viver que impulsiona todo o universo e cada ser vivo a desejar algo que, tão logo é obtido, torna-se motivo de insatisfação. Ele tentou definir o amor como a manifestação de um desejo inconsciente de perpetuar a espécie. Assim o amor é poderoso e sabe enganar o ser humano, consegue iludi-lo, prometendo-lhe uma felicidade que jamais poderá se realizar.
(2) Tal filósofo concebeu o Amor como algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O Amor não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude.
(1) Esse foi o primeiro filósofo que utilizou a ideia de amor em sentido cósmico metafísico, ao considerar o amor e a luta como princípios de união e separação, respectivamente, dos elementos que constituem o universo.
(4) Para esse filósofo o amor verdadeiro é o intelectual e este gera alegria, o amor é o pleno conhecimento da verdade que faz o ser humano totalmente feliz.
(3) Para ele, o amor é o nexo que une as Pessoas divinas. Somente o amor é capaz de explicar a vida da alma e a sua possibilidade de se elevar ao conhecimento unitivo de Deus. 

QUESTÃO 23
Qual a visão de Sócrates sobre a questão da autoconfiança?

Sócrates acreditava que nem sempre o consenso é a opinião correta e que para termos uma opinião forte e precisa devemos expor nossos argumentos a testes até que não exista como serem refutados, só assim estaremos com a verdade. as pessoas devem ter mais confianças em si e no que pensam para poderem ter pontos de vista forte e não seguir a multidão. Para fundamentar seu ponto de vista Sócrates não se alçava e tomava poucos banhos, pois esta era sua crença e não compartilhava das crenças da maioria quanto a higiene e vestimentas. Então eu hoje venho com essa parte muito simplória da filosofia de um grande pensador para dizer a todos, reflitam antes de falar, e submetam suas opiniões ao crivo de reflexões e questionamentos para descobrir a verdade. Eu mesmo sou um dos que gosta de falar um monte de opiniões flácidas e sem sustento, mas vou ser o primeiro a tentar me impor este pensamento socrático para melhorar meus argumentos.

QUESTÃO 24
Qual a visão de Epicuro sobre a questão da Felicidade

Em sua ética Epicuro aponta a felicidade como sendo diretamente ligada ao prazer. O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. O homem é inclinado a buscar o prazer e a fugir da dor e através do critério do prazer é que nós avaliamos todas as outras coisas. Existem para ele duas formas de prazer, o primeiro é o prazer estável que é a ausência da dor e da perturbação, o que ele chama de ataraxia e aponia, nessa forma de prazer o homem não sofre e mantêm-se em paz podendo atingir a felicidade. Na segunda forma de prazer, que é a da alegria e a do gozo, o homem pode tornar-se escravo do prazer e levar uma vida perturbada, o que não é condizente com a felicidade.

QUESTÃO 25
Qual a visão do filósofo romano Sêneca sobre a questão da Ira/Raiva?

Para Sêneca, a ira era um problema filosófico que podia ser tratado pela argumentação filosófica. A ira surgia de certas ideias racionalizadas sobre o mundo. E o problema delas era ser otimista demais. Na visão de Sêneca as pessoas ficam com raiva porque criam muitas expectativas. Num ataque de ira, sentimo-nos surpresos e injustiçados. Sêneca diz um dos motivos para nossa raiva é imaginarmos que as coisas sempre têm de ser como queremos, que somos capazes de moldar o mundo segundo nossos desejos, mas não são. Há muitas coisas que temos de aceitar. Nem sempre temos liberdade para mudá-las. 

QUESTÃO 26
Com base no pensamento do filósofo Friedrich Nietzsche, como podemos definir o conceito de Sofrimento?

Todas as pessoas, sem exceção, passam por dificuldades de diferentes graus ao longo de sua existência. Mesmo aquelas que nos parecem tão afeitas ao sucesso, em diferentes momentos de suas vidas passaram, passam ou passarão por infortúnios. Não é possível dividir os homens entre aqueles que são vitoriosos e os que não são. Todos em algum momento têm seus êxitos e seus amargores. A forma como encaramos estes dissabores é que precisa ser revista segundo ele. Temos que pensar a derrota, a dor ou o problema como parte do aprendizado que a vida nos proporciona. Aprender com os erros e, das lições provenientes, em momentos posteriores, ser capaz de articular melhores respostas as situações que a vida nos apresenta.
Saber, ainda, que mesmo com todos os ensinamentos acumulados, novas decepções virão. Levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, recomeçando com energia a cada novo dia é a receita. E não adianta se escorar em falsas muletas, de acordo com Nietzsche. Para ele, por exemplo, afogar as mágoas em bebidas alcoólicas (e drogas em geral, se me permitem complementar) é um dos piores expedientes aos quais podem recorrer os homens e mulheres. Não resolve absolutamente nada uma bebedeira no final do dia para esquecer os problemas, sejam as dívidas, o desemprego, a doença, um amor não correspondido, uma perda familiar... No outro dia as dificuldades continuam por lá, e o pior de tudo, você ainda acorda com a ressaca, dores de cabeça, enjoos, um gosto horrível na boca...
Apoiar-se na religião também não resolve segundo Nietzsche. A conformidade expressa na Bíblia e no apoio dado por padres e pastores é paliativo. Remédio que nada cura e que, ainda, nos leva a pensar os problemas como parte da sina a qual temos que nos ajustar. Todos teríamos nossas cruzes a carregar e, sendo isso irremediável, que nos conformemos com elas. Aceitar, aceitar e aceitar seriam as palavras de ordem da fé cristã. Mas simplesmente agir de forma submissa e sujeitar-se à dor, ao sofrimento e aos problemas com a promessa da recompensa e superação na eternidade não agradava Nietzsche. Para ele, a religião acomodava a situação e fazia com que as pessoas não se sentissem instadas a lutar contra as condições que lhes impingiam os infortúnios. Superar a pobreza, encontrar um remédio para a enfermidade, buscar outras ocupações, achar um novo amor é que seriam, de seu ponto de vista, as ações a serem empreendidas e não a mera aceitação, passiva, dos problemas.

QUESTÃO 27
Questão de argumentação, resposta pessoal.

QUESTÃO 28
Questão de argumentação, resposta pessoal.

QUESTÃO 29
Questão de argumentação, resposta pessoal.





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