Os jovens contemporâneos e a busca pelo conhecimento
“A aparência abre as portas, mas é a inteligência que define a jornada”.
O ato de querermos estar a
par dos acontecimentos gerais já não representa um obstáculo para nós. Nos
últimos anos, especialmente em relação ao avanço tecnológico e informático,
apareceu a Rede Mundial de Computadores (Internet), e com ela páginas de informação
e entretenimento, aplicativos móveis e as redes sociais fizeram com que cada
vez mais rápido e instantaneamente a notícia pudesse chegar de forma clara e
objetiva ao grande público. Um pouco antes do surgimento da Internet havia sim,
meios de comunicação, como a televisão o rádio e as mídias impressas, que
exerciam a função de transmitir as sucessões do cotidiano; entretanto, vale
ressaltar que nem todo mundo tinha acesso à esses veículos, fora que os dados
vinham incompletos e lentamente. Portanto, dessa necessidade a Internet veio
ajudar e muito. Mas, o que se percebe, hoje é um apego exagerado aos fatos
inúteis e insignificantes que estão nesse meio e até fora dele. As crianças e
os adolescentes que o digam.
No lugar de escolher saber
sobre educação, cultura, fatos relevantes mundiais, históricos e meio ambiente,
por exemplo, preferem ler resumos de novela, fofocas de famosos, horóscopo e salas
de bate- papo. Um desperdício de tempo e aquisição de entendimento de assuntos
que interferem direta e indiretamente no nosso modo de viver, pensar, agir,
sentir e expressar. O hábito da leitura e da escrita acaba tornando-se algo que
merece ficar em segundo, terceiro plano. Ou, em alguns casos, inexistente para
a juventude. Juventude essa que deixa de aprender e obter maior desenvolvimento
intelectual e curiosidade de pesquisar e se adentrar em espaços instigantes,
questionadores e reflexivos, fazendo com que não tenham a aptidão de serem
formadores de opinião, ou seja, indivíduos que saibam argumentar e defender
causas que apoiem, gerando progresso ou acréscimo de novidades para uma
determinada área social, política, econômica, ou até mesmo cientifica. Basta
analisarmos a diferença enorme que há entre o nosso país e a Finlândia, no
nível educacional, por exemplo. Enquanto esta nação encontra-se em primeiro
lugar nas disciplinas de Matemática e Leitura e interpretação de texto, o
Brasil está em 53º lugar no primeiro quesito e 56º lugar no segundo. Uma
pesquisa entristecedora e lamentável.
De que adianta projetos e
trabalhos serem feitos pelo Governo Federal, as escolas e os pais se o
interesse, a vontade de busca e investigação do mundo não partir dos jovens? É
preciso que tenham mais coragem e impulso para ir atrás da legitima e preciosa
sabedoria. Além do desinteresse jovial pelo conhecimento grandioso e
modificador, também existe a questão da beleza, do senso estético prevalecer
mais, mas isso não se restringe ao universo teen,
e sim até no setor profissional, na seleção de funcionários mais formosos e
exclusão dos disformes. O que se pode fazer? É a triste e dura realidade que
vivenciamos, e até pregamos imperceptivelmente, de vez em quando.
Como já dizia o brilhante e
o imponente filósofo Sócrates: “ Sábio é aquele que conhece os limites da
própria ignorância”, “ O verdadeiro conhecimento vem de dentro” e “ Só sei que
nada sei”. Estas são belíssimas frases que deveriam sair da teoria e entrar em
prática no dia a dia. Desse modo, muitas pessoas, principalmente o público
juvenil, ganhariam quase ou totalmente a ferramenta essencial e revolucionária
que integraria e modelaria o comportamento humano em diversos aspectos: a visão
global das coisas, ou simplesmente a prudência de ser mais compreensivo
agradecido e tolerante. Ou, resumidamente, ter a civilidade de nunca rejeitar o
que é novo e benéfico para si e o grupo.
“A
aparência abre as portas, mas é a inteligência que define a jornada”. Augusto Cury
Autores: Lucas
Avelar e Géssica Araújo
Turma 203
Sobre o professor: Uanderson Menezes
Professor de Filosofia na Escola Estadual João XXIII em Ipatinga. Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste MG; Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unleste MG; Especializando em Gênero e Diversidade na Escola pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Bacharelando em Direito pela Faculdade de Direito de Ipatinga - Fadipa
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