NEÓFOBOS > São avessos às novidades e mudanças. Querem fazer tudo da forma que já conhecem. Preferem consertar uma televisão antiga a se render a um modelo novo. Essas pessoas são raras. Mas, se você é uma delas, seja mais flexível e aprenda a ter um olhar mais encantado com o mundo ao seu redor. NEÓFILOS > Gostam de novidades, mas não são aficionados por elas. Sabem do lançamento de um novo modelo de celular, por exemplo, mas esperam que o mercado fale mais sobre ele antes de comprá-lo. Assim, conseguem encontrar um equilíbrio. Se você é neófilo, continue assim. NEOFÍLICOS > São viciados em novidades e tecnologia. Os típicos early adopters, que encomendam gadgets antes que cheguem ao mercado. Mas perdem rapidamente o interesse pelas coisas. Esses precisam aprender a se controlar.
Autor: Rafael Tonon
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Você sabe o que é "Neofilia"?
Grande parte das pessoas que vivem no mundo hoje tem neofilia, um desejo incessante por novidade. Esta é uma das conclusões da jornalista e escritora de comportamento americana Winifred Gallagher em seu recente livro New: Understanding Our Need for Novelty and Change (Novo, Entendendo Nossa Necessidade de Novidade e Mudança, sem edição brasileira). Winifred recorre a disciplinas como neurociência, biologia evolutiva e psicologia para explicar por que temos essa quedinha natural por tudo o que é diferente.
Segundo a autora — que classifica nossa atração por novidades em 3 graus (confira ao lado) —, a neofilia se baseia no que ela chama de emoções do conhecimento: a surpresa, a curiosidade e o interesse pelas coisas do mundo. “Assim como o pensamento, elas nos impulsionam a aprender”, diz.
Essa vontade de conhecer o desconhecido tem seu lado positivo. Aliás, é ela que possibilita nossa capacidade de adaptação. Nos tempos das cavernas, ser neófilo era questão de sobrevivência. Era preciso, por exemplo, buscar novos territórios quando havia falta de comida. Da mesma forma, atualmente essa curiosidade pode colocar você à frente no mercado de trabalho e tornar sua vida, no mínimo, menos tediosa. Porém, como tudo em excesso, a neofilia também faz mal.
Em uma era de velocidade da informação — temos hoje 4 vezes mais dados em e-mails, tweets, música, vídeos e mídia tradicional do que há 30 anos — temos de controlar nosso instinto novidadeiro, antes que ele nos controle. “É preciso filtrar as coisas, senão nem as 24 horas do dia serão suficientes para tantas novidades”, afirma a autora. Ela acredita que devemos continuar a ser atraídos e surpreendidos pelo mundo, sempre. Mas que é preciso se focar naqueles novos pensamentos, sons, cheiros e sentimentos que, de alguma maneira, realmente importam para cada um. “Deixe de ser um mero buscador do novo para se tornar conhecedor dele”, afirma. Ou seja: filtre sua sede por novidade e beba somente o que há de melhor.
Sobre o professor: Uanderson Menezes
Professor de Filosofia na Escola Estadual João XXIII em Ipatinga. Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste MG; Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unleste MG; Especializando em Gênero e Diversidade na Escola pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Bacharelando em Direito pela Faculdade de Direito de Ipatinga - Fadipa
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