Revisão para a Prova Global - 3º Ano
NICOLAU MAQUIAVEL
“Os homens esquecem mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio.”
Nicolau Maquiavel pode ser considerado o pai da filosofia política moderna. Ele estudava meticulosamente o homem e a sociedade tal como realmente eram, e não como deveriam ser. Ao verificar essa natureza humana e social, o estudioso dizia que a política tinha uma ética própria, diferente do que até então se pregava. Por constatar essa realidade, Maquiavel é tido até hoje como um pensador “maldito”, cujos ensinamentos muitas vezes podem ser associados com hipocrisia, falta de caráter, deslealdade e, quem sabe, até mesmo maldade. Ao justificar a autoridade com que pretende ensinar um príncipe a governar, Maquiavel compara sua missão à de um cartógrafo para demonstrar que o poder político deve ser analisado tanto do ponto de vista de quem o exerce quanto do de quem a ele está submetido. Manifestando uma compreensão dialética das relações de poder, Maquiavel não hesita em ministrar ao príncipe, já ao justificar o livro, uma objetiva lição de política.
TOMAS HOBBES
“Homo homini lúpus” (O homem é o lobo do homem).
Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Uma das grandes contribuições que esse filósofo deixou, foi sua reflexão a cerca da Natureza Humana. Segundo Hobbes, podemos definir estado de natureza como sendo o lugar onde reina o medo entre os indivíduos, que temem a morte violenta, que vivem isolados e em luta permanente, guerra de todos contra todos. Para Hobbes, o homem é mal por natureza e o Estado tem a função de proteger o homem do próprio homem.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
“O homem é bom em seu estado de natureza, a sociedade que o corrompe”.
Apesar de abandonar todos os seus filhos em um orfanato, Rousseau trouxe grande contribuição para o pensamento educacional de sua época. Combateu idéias que prevaleciam há muito tempo. Entre elas, a de que a teoria e a prática educacional, junto à criança, deviam focalizar os interesses do adulto e da vida adulta. Ele também chamou a atenção para as necessidades da criança e as condições de seu desenvolvimento. Como conseqüência, a criança não podia ser mais entendida como um adulto em miniatura. Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, segundo ele, este tem corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes. Nas palavras do própio filósofo: "O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: defendei-vos de ouvir esse impostor".
FRIEDRICH NIETZSCHE
“A todos com quem realmente me importo, desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, o profundo desprezo por si, a tortura da falta de autoconfiança e a desgraça dos derrotados.”
O filósofo Alemão Friedrich Nietzche ficou muito conhecido por sua polêmica frase: “Deus está morto, nós o matamos” ("Gott ist tot" em alemão). Essa é, talvez, uma das frases mais mal interpretadas de toda a Filosofia. Com isso ele quer, na verdade, que Deus está morto porque a humanidade não recorre mais a ele e sim a ciência para responder a seus questionamentos. Antes, se se tinha uma dor de cabeça, procurava-se à Igreja para curá-la ou explicá-la; hoje procura-se os consultórios médicos.
Nietzsche valorizava a questão do sofrimento, pois, este nos torna mais forte frente às adversidades da vida. Ele, inclusive, desejava o sofrimento aos que ele amava, como foi colocada na frase desse sub-título.
SIGMUND FREUD
“A sede de conhecimento parece ser inseparável da curiosidade sexual.”
Sigmund Freud é considerado o fundador da psicanálise, por ter sido o criador de diversas teorias e práticas que permitiram a compreensão do modo de funcionamento da mente humana, em especial do inconsciente. Hoje, a mídia utiliza e muito as descobertas freudianas a cerca do inconsciente: propagandas de cerveja, de carros, propagandas políticas, jingles, etc. A principal contribuição de Freud para a humanidade é a sua descoberta de que o mecanismo da alma humana é impulsionado, sobretudo, pelos resquícios das experiências com as quais o indivíduo se depara ao longo do seu desenvolvimento; sendo a individualidade resultado da influência direta de forças internas as quais, em nível consciente, ele não quer ou não consegue perceber. Freud procurou uma explicação à forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular. Quando sua preocupação se virou para a forma como se dava o processo da repressão, passou a adotar os conceitos de Id, Ego e Super-ego, sendo esse ultimo o que controla nossas pulsões e representa os pensamentos morais e éticos internalizados.
MICHEL FOUCAULT
“Vigiar e punir”.
Michel Foucault chegou a ser considerado o mais conhecido pensador de sua época, tamanha foi sua contribuição e seu prestígio. Em sua obra mais conhecida, Foucault explica como a sociedade valoriza a punição, considerado por ele como o meio encontrado pelo poder para tentar corrigir as pessoas que infligem as regras ditadas. Porém, para o filósofo, mais importante que punir é vigiar. A punição e a vigilância são poderes destinados a educar (adestrar) as pessoas para que essas cumpram normas, leis e exercícios de acordo com a vontade de quem detêm o poder. A vigilância é uma maneira de se observar à pessoa, se esta está realmente cumprindo com todos seus deveres – é um poder que atinge os corpos dos indivíduos, seus gestos, seus discursos, suas atividades, sua aprendizagem, sua vida cotidiana.
Sobre o professor: Uanderson Menezes
Professor de Filosofia na Escola Estadual João XXIII em Ipatinga. Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste MG; Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unleste MG; Especializando em Gênero e Diversidade na Escola pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Bacharelando em Direito pela Faculdade de Direito de Ipatinga - Fadipa
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