Platão e a questão da Sexualidade

 
O problema da sexualidade muitas vezes é tratado como um problema moral. A escolha ou orientação sexual seria fruto de um desvio de caráter dos indivíduos, isto é, aqueles que se direcionam para o heterossexualismo estão enquadrados dentro dos padrões de conduta morais considerados como normais pela sociedade, já aqueles que se direcionam para o homossexualismo são considerados como alguém que quer romper com a norma estabelecida e, portanto, como alguém fora da moralidade ideal.

Muito se discutiu e ainda se discute sobre a questão da sexualidade humana, se ela deriva de uma escolha consciente dos indivíduos ou se ela é determinada desde o nosso nascimento, Mas até hoje ainda não foi possível atingir uma resposta conclusiva para o problema.

A questão sexual também foi discutida na Antiguidade, Platão faz um relato interessante na tentativa de esclarecer o problema, dizia ele que os gêneros sexuais eram três: o masculino, o feminino e um terceiro que participava de ambos, o andrógeno. Para falar dos gêneros sexuais, mais uma vez, Platão vai recorrer a um mito, nele é narrado que os seres andrógenos além de participarem dos dois sexos, também possuíam dois rostos, duas orelhas, quatro braços e quatro pernas. Estes seres eram esféricos e possuíam uma grande agilidade, eram muito arrogantes, por isso, pretendiam destronar os deuses.

Zeus e os outros deuses decidiram para tornar esses homens mais fracos decidiu cortar-lhes ao meio, já que não podiam aniquilá-los de vez; porque o extermínio dos humanos representaria para os deuses a perda dos cultos e dos sacrifícios em suas homenagens. E assim, foi feito, então, depois que a duplicação da natureza humana foi concretizada, cada metade, tendo saudades de sua outra parte, passou a buscar eternamente a sua metade perdida. Por não se conformar em viver separados acabavam morrendo ou de fome ou de inércia.

A raça humana estava se extinguindo, tanto pelas mortes, quanto pela impossibilidade de procriarem, pois os seus órgãos sexuais encontravam-se localizados nas costas e quando estes se encontravam não poderiam manter relações sexuais. Então, Zeus se compadeceu dos humanos e resolveu colocar os genitais dos humanos na parte da frente, assim, quando um homem encontrasse a sua metade feminina poderia procriar e quando dois indivíduos do mesmo sexo encontrassem a sua outra metade também poderia através da relação sexual restaurar o prazer de viver, e assim, a espécie humana estaria garantida.

A problemática da sexualidade na filosofia de Platão não é abordada a partir de uma concepção de valores morais, mas é tida como algo que faz parte da própria natureza humana, pois quando uma mulher se apaixona por outra, ou quando um homem se apaixona por outro, assim como, quando um homem se apaixona por uma mulher eles estão apenas em busca de sua cara metade, de seu par ideal e a felicidade humana dependeria desse encontro.

Portanto, o mito dos gêneros sexuais trouxe para a humanidade a idéia de um amor original, que é determinado não por uma opção, mas pela própria natureza, mais ainda, deixou-nos a idéia que o amor é eterno; porque quando duas pessoas se apaixonam esse amor deve durar para sempre já que este era o seu par ideal, o seu amor perfeito.
 
Texto escrito por Maria Ivanilda Souza da Silva, filósofa, Professora e vice-presidente da Academia Acriana de Filosofia.
 
 

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3º Ano - Pesquisa para o Dicionário Filosófico


Presenciamos, na atualidade, uma banalização do sexo. Hoje em dia, cada vez mais, as pessoas se encontram perdidas numa grande distorção da realidade sexual. Onde, antigamente o foco da sexualidade era voltado para a reprodução, agora está voltado para uma grande banalização. Vale ao bom estudante de filosofia se questionar:

Afinal... como o sexo/sexualidade era visto no decorrer dos séculos passados?

Com base nesse questionamento, pesquise como o sexo era visto:

1- Na Grécia Antiga
2- Na Roma Pagã
3- Na Idade Média
4- Nos dias Atuais

Essa atividade será vistoriada em sala
Boa Pesquisa!

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TV Filosofia - A História do Sexo


Esse é, concerteza, um assunto que deve ser discutido e refletido: Qual o papel do sexo no decorrer dos séculos?

Vale a pena assistir esse documentário (narrado no português de Portugal) que trás muitas informações interessantes sobre como o sexo era visto no mundo antigo.

A História do Sexo (mundo antigo) (1/6)

A História do Sexo (mundo antigo) (2/6) 

A História do Sexo (mundo antigo) (3/6)

A História do Sexo (mundo antigo) (4/6)

A História do Sexo (mundo antigo) (5/6)

A História do Sexo (mundo antigo) (6/6)


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A Idade Média - Documentário: Inside The Medieval Mind

Bruxas, castelos, fogueiras, armaduras, violência. É no que a gente costuma pensar quando ouve falar em Idade Média. Mas como era, realmente, a vida do povo desta época? A série Por dentro da mente medieval conta com o prof. Robert Bartlett da Universidade de St Andrew que investiga o cenário intelectual do mundo medieval.


Episódio I: Conhecimento
No primeiro episódio, Conhecimento, é explorada a forma através da qual o homem medieval compreendia o mundo. Um mundo misterioso, cheio de superstições, e até encantado.


Episódio II: Sexo
Neste episódio, iremos conhecer como era a visão do sexo na idade média. Em uma época dominada pela religião esse tema era muitas vezes visto como tabu,entretanto esse episódio nos trás informações novas acerca de como os medievais se comportavam em relação ao sexo.



Episódio III: Crença
Para o individuo medieval,com a vista presa à religião,o mundo estava rodeado por anjos e demônios “lutando” pelo controle das almas mortais. Em uma época onde a Igreja gozava de grande poder,os representantes de Deus não só decidiam como todos deveriam viver,eram também os responsáveis por aqueles que iriam “morrer por Cristo”.


Episódio IV: Poder
Bartlett expõe nesse episódio a estrutura brutal do sistema de classes medieval, onde a desigualdade fazia parte da ordem natural,apoiada por desígnio divino.





Os episódios, dessa pequena série, estão hospedados no site hotfile (Tomara que a Pipa e a Sopa não estraguem ele), cada episódio tem cerca de 380 MB e duração de 1 (uma) hora. Estão zipadas, e no formato MP4 com legendas a parte; ideal de ser visto no VLC Média Player.

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TV Filosofia - A questão da Exclusão


Vai recomeçar a viagem pelo mundo do pensamento: ser ou não ser? A série que mostrou como a filosofia está presente no dia-a-dia de todos nós volta para uma temporada de quatro episódios aqui no Fantástico!
Todas as civilizações se constroem e se sustentam em leis. Em toda sociedade existe um grande número de coisas que não se pode fazer: há coisas que não devem ser ditas, atitudes que não são permitidas. Toda sociedade cria limites e proibições. Escolhe algumas formas de viver e rejeita outras.
Mas como cada cultura se relaciona com a parcela da população que não se enquadra?
Nossa sociedade tem uma forma muito particular de se relacionar com aquilo que rejeita: ela interna. É o que diz um dos pensadores mais influentes do século 20, o historiador e filósofo Michel Foucault.

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Empresas contratam filósofos para palestras e consultorias, crianças de cinco anos travam o primeiro contato com o tema e, fora da sala de aula, adolescentes se reúnem para debater idéias de Nietzsche e Platão. Nascida na Grécia há mais de dois mil anos, a filosofia encontra terreno cada vez mais fértil no Brasil – até mesmo na tevê. No programa Fantástico, da Rede Globo, o quadro “Ser ou não ser” sobre filosofia entrará em sua terceira temporada. “A filosofia está em alta”, afirma a filósofa Viviane Mosé, apresentadora da atração. Ela, que carrega o mérito de tornar didático um tema pouco palatável, conclui: “O que está em baixa é a forma acadêmica de pensar.”
            “Por muito tempo, a tecnologia fez o mundo focar no ‘como’ em detrimento dos ‘porquês’ e, enfadadas, hoje as pessoas procuram reflexões”, explica Cortella. No ano passado, ele deu 30 palestras sobre filosofia e ética para gestores do Banco Bradesco. “Ficou chique consumir filosofia”, diz o acadêmico, que discursa ainda aos funcionários da metalúrgica Gerdau sobre a diversidade humana. No Rio, a filósofa Viviane segue o mesmo caminho. “Ajudo o executivo a ler o que acontece no mundo contemporâneo e a agir no presente”, afirma. Entre seus clientes estão a Petrobras, a Vale, O Boticário e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo, que a contratou para falar sobre ética e comprometimento aos funcionários. Um dos maiores centros de cursos livres na área de humanidade, a Casa do Saber também percebe o maior interesse pelo tema. Criada em São Paulo, hoje atua também no Rio de Janeiro e expandiu o número de cursos de filosofia de nove, em 2004, para os atuais 175.
Componente curricular excluído da escola pela ditadura em 1968, a filosofia seguiu existindo em colégios particulares, como o Santo Américo, em São Paulo, que desde 1975 ensina a disciplina. Aluna do terceiro ano do ensino médio, Gabriela Campana, 17 anos, reúne-se com amigos, durante as férias, para debater as idéias de Nietzsche e Maquiavel. E filosofa ao falar do valor do conhecimento: “Para estabelecer princípios e formar uma maneira própria de agir é preciso saber como outras pessoas pensavam o mundo e tentavam melhorá-lo.”
No primeiro dia de aula fui indagado por uma aluna: “Professor, até hoje ninguém conseguiu me explicar o que é Filosofia?” Não era surpresa. Respondi que a resposta que ela estava buscando estava dentro dela mesma e em nenhum outro lugar. “Mas como assim?” Voltou a indagar.
Observando outras aulas, como de física por exemplo, a professora falava da importância em estudar aquele determinado conteúdo que certamente seria conteúdo de prova de vestibular. Percebi certo interesse e atenção dos alunos, que estavam sendo provocados pelo desejo de passar no vestibular. Em meio a tudo isso, surgiu o questionamento que certamente está presente constantemente nos alunos de Ensino Médio: “Para que estudar Filosofia se não cai no vestibular?” Eles tem razão. Filosofia não cai frequentemente  no vestibular assim como a matemática, o português, a história, a geografia e outras disciplinas.
Vamos avançando na reflexão. Será que Filosofia não aparece no vestibular? Por que então estudar essa disciplina?
Na interpretação da questão de física, na produção da redação, na interpretação do texto de português, na equação matemática, sempre há um toque de Filosofia.
Aquele que não consegue seguir o raciocínio lógico da matemática, por exemplo, não teve uma boa aula de Filosofia. Filosofia não se estuda com descobertas cientificas, frases, respostas prontas. A Filosofia não se limita às verdades ligadas as condições humanas, ou a ciência, que por sua vez possuem limitações. A sua preocupação está voltada há uma verdade maior, uma verdade que transcende os limites da razão humana, à qual somos instigados a buscar constantemente. Essa busca e essa verdade não são finitas, por isso enquanto o homem existir, e isso penso ser maravilhoso, ele vai estar sempre em busca dessa verdade maior.
A nossa vida não se limita ao 2+2=4, pois a verdade, o bem, o belo, não podem ser entendidos e interpretados como simples equações matemáticas. Eles exigem uma reflexão maior, convidando-nos a olharmos para nós mesmos, para o nosso intimo, onde se encontra a razão de nosso existir. Quanto mais nos voltarmos para nós mesmos e nos remetermos ao transcendente, tanto mais teremos que caminhar. Essa caminhada é infinita vai abrindo os horizontes a medida que caminhamos. É preciso estudar Filosofia para entendermos melhor a vida. Entender e compreender seu real e imenso valor que possui em si.
Sem Filosofia nossa vida, seria limitada a simples cálculos, o que nos tornaria calculistas, frios e sem vida.
A Filosofia abre os horizontes e nos guia para uma verdade que transcende todas as verdades da ciência. A verdade de nossa existência, a força que nos move para uma busca infinita.
Parece ser difícil compreender Filosofia com tantos dizeres filosóficos e pensamentos. Porém a sua compreensão exigência essa busca. Só entenderemos o sentido da Filosofia quando entendermos que não podemos somar ou subtrair, multiplicar nem dividir nossa verdade, o bem, o belo, o amor, a existência. Os sentimentos podem ser expressados nas mais diversas formas, mas nunca numa equação matemática, nem numa composição química ou física. Nossas relações se tornam frias e calculistas porque na sociedade vive-se dessa maneira. Muitos dizem que pensar é coisa de quem não tem o que fazer. Porém, a reflexão ajuda a compreender as coisas da forma como nenhuma ciência ajuda a compreender.          
Diante de determinadas situações, a reflexão filosófica nos ajuda para fazermos a melhor escolha, a opção mais eficaz. Talvez, por sermos calculistas, frios, não gostamos de Filosofia, justamente porque ela mexe com nosso interior e isso pode doer, pois nos faz refletir sobre decisões tomadas e que muitas vezes, foram feitas sem muita reflexão.
Deve haver um equilíbrio entre razão e emoção. Quando usamos só a razão nos tornamos insensíveis diante de muitas realidades, mas, só o uso da emoção também não favorece nas escolhas. Temos preguiça de pensar. Não usamos nossa capacidade de raciocínio e por isso, em tantos casos, nos damos mal.
A escola se preocupa muito com o decorar as coisas. Saber regras de cor, mas na vida é preciso refletir diante de fatos, pois não podemos aplicar à tudo as mesmas respostas. A vida não é padronizada e quem a faz assim sofre muito. Há opções a serem feitas; leis a serem cumpridas. Sem a reflexão seremos meros executores, sem sabermos o porque de todas essas coisas.

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Sejam Bem-vindos ao ano letivo 2012 no "João XXIII"


Mais um ano letivo se inicia em nossa escola, e com ele a esperança de que seja um ano bom, agradável e favorável ao nosso aprendizado. Deixo meu abraço saudoso aos alunos que formaram no ano de 2011. Fico muito feliz quando sei que continuam estudando, avançando, progredindo... desejo muito sucesso a todos. Aos alunos que hoje fazem parte do 3º, desejo que continuemos bem nossa caminhada filosófica. Esse ano vamos pegar pesado em questões de vestibular e do Enem... nada de moleza. Aos novos alunos, que chegam nas turmas de 2º ano... sejam bem vindos ao turno matutino. Para vocês é um período de grandes mudanças e amadurecimento. Sejam bem-vindos!!!

Uanderson Menezes
Professor de Filosofia

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